26 outubro 2016

Microbiota Intestinal – Nosso segundo cérebro!


Microbiota intestinal é a denominação da colonização de bactérias que habitam o intestino humano, que pesa em média 1,5kg em um indivíduo adulto e constituída por aproximadamente 7 mil cepas de bactérias.

Suas funções são inúmeras e essenciais para o bom funcionamento do organismo: 

* Modulação do sistema imune
* Degradação de componentes não digeríveis da dieta à fibras
* Produção ácidos graxos cadeia curta
* Proteção do epitélio intestinal contra patógenos
* Síntese de vitaminas – B1, B2, B6, B12 e K

A composição da microbiota intestinal se inicia no nascimento e sofre variações de acordo com influências externas como o tipo de parto, amamentação, qualidade da alimentação, uso de antibióticos, estresse, prática de atividade física.

Fatores que influenciam a composição da Microbiota Intestinal.

Recentemente foram descobertas as interações da composição da microbiota com os diversos sistemas do corpo humano e sua ação positiva ou negativa associada ao metabolismo, mecanismos de saciedade, controle da inflamação hepática e do tecido adiposo, sensibilidade à insulina, produção de serotonina – hormônio que combate a depressão.

Frente a essas informações, entende-se que:

Indivíduos saudáveis possuem uma MICROBIOTA EQUILIBRADA
e
Indivíduos não saudáveis tem a MICROBIOTA DESEQUILIBRADA = DISBIOSE

DISBIOSE = Mudanças na quantidade e qualidade da microbiota intestinal, atividade metabólica e local de distribuição, aumentando as possibilidades de doenças agudas (gripes e infecções), bem como aumento do risco de alergias e doenças crônicas não transmissíveis (obesidade, diabetes, síndrome metabólica, esteatose hepática...).

O indivíduo em DISBIOSE tem aumento da permeabilidade intestinal, que reduz a seletividade do que será absorvido (nutrientes, toxinas...), aumentando o desenvolvimento da cascata inflamatória e por consequência doenças inflamatórias.

Influências da Disbiose no organismo humano.

A relação da microbiota com a alteração de peso foi estudada em gêmeos idênticos geneticamente, com hábitos alimentares na infância similares, porém na idade adulta apresentando pesos diferentes, um obeso e outro com peso normal, desta forma identificou-se que muito além das escolhas alimentares e da genética, a composição da microbiota intestinal ao longo da vida define como será o paladar, saciedade, metabolismo e perfil inflamatório.

Para tratar a Disbiose e reequilibrar a microbiota intestinal é necessário ter uma alimentação saudável, rica em fibras, adequada ingestão de água, evitar alimentos industrializados, excesso de açúcar e carboidratos refinados.

Além disso é importante reduzir a exposição aos fármacos e auxiliar a recuperação da microbiota saudável através do consumo de alimentos pre, pro e simbióticos!

Kefir

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